Informações incompletas ou incorretas estão entre os principais erros que podem levar sua declaração de Imposto de Renda para a “malha fina”. A Receita Federal cruza os dados informados na declaração com diversas fontes, como empresas, bancos, médicos e imobiliárias.
Se a Receita encontrar alguma inconsistência, a declaração é retida para uma investigação mais detalhada, o que pode provocar atraso na liberação da restituição ou até gerar imposto a pagar com multa.
Mesmo que você já tenha enviado a declaração do IR 2021, ainda dá tempo de corrigir eventuais erros. Basta fazer uma declaração retificadora. Aprenda como fazer a retificação nesta outra matéria. Se a retificação for feita até 31 de maio de 2021 – a Receita Federal anunciou a nova data como prazo limite para entrega do IR 2021 -, é possível mudar qualquer dado, inclusive o modelo da declaração, de completo para simplificado, ou vice-versa. Após o dia 30 de abril, o modelo tributário escolhido originalmente deverá ser mantido na declaração retificadora. Veja a seguir cinco erros muito comuns que podem fazer sua declaração ficar retida na “malha fina” da Receita.
1) Erros de digitação
Tome cuidado na hora de digitar os valores. Ao digitar R$ 100,00, por exemplo, não esqueça de colocar a vírgula antes dos centavos. Caso contrário, o programa transformará o número em R$ 10.000,00. Se uma despesa médica foi de R$ 100,00, mas você digitou R$ 10.000,00, o valor não será compatível com as informações declaradas pelo médico. Valores divergentes levam a declaração para malha fina.
2) Não informar corretamente os dados do informe de rendimentos
Preencha os campos da declaração exatamente com os valores que estão nos informes de rendimentos fornecidos pelo seu empregador, pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), pelo banco, plano de saúde, entre outros. A maioria dos informes indica o campo correto onde o valor deve ser lançado na declaração. Basta seguir o que está no documento. Se você notar que o documento está incorreto, peça para a empresa ou instituição responsável pelo documento corrigir o valor e gerar um novo informe.
3) Omitir rendimentos próprios ou dos dependentes
Rendas de aluguel, de trabalho temporário ou autônomo precisam ser informadas, independentemente do valor. Se você declarar dependentes, não se esqueça de informar os eventuais rendimentos recebidos por eles, como aposentadoria, pensão alimentícia, bolsa de estudo ou estágio.
4) Informar o mesmo dependente em mais de uma declaração
Casais que possuem um filho e declaram separadamente só podem colocá-lo como dependente na declaração de um dos cônjuges. Quem tem dois ou mais filhos pode optar por dividi-los entre as declarações ou colocá-los todos numa só. A lógica é a mesma para outros dependentes. Em caso de separação, e somente no ano do divórcio, o ex-casal pode declarar o mesmo filho como dependente nas duas declarações. Se o pai for responsável pelo pagamento de pensão alimentícia, pode colocar o filho simultaneamente como dependente e alimentando no ano do divórcio.
5) Omitir compra e venda de bens dentro do mesmo ano
Se você comprou e vendeu um bem (como um carro) dentro do mesmo ano, a transação precisa constar da declaração do IR. Você terá que preencher a ficha de “Bens e Direitos” com os dados do bem, do vendedor e do comprador, além de informar na “discriminação” os valores de compra e de venda. Porém, nos campos “Situação em 31/12/2019” e “Situação em 31/12/2020” coloque valor zero. Caso o negócio tenha gerado ganho superior a R$ 35.000,00, o contribuinte também terá que preencher o GCAP 2020, que é um programa auxiliar da declaração do IR 2021, e recolher o imposto específico sobre o ganho de capital.
(FONTE: Portal UOL)
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